Suspensão de Jannik Sinner causaria choque no tênis, diz ex-jogadora

A ex-número 7 do mundo, Barbara Schett, reconheceu que a suspensão mínima que Jannik Sinner pode enfrentar após os testes antidoping reprovados abalaria o tênis, com uma proibição de um ano como provável consequência caso ele perca o recurso.

O atual campeão do Australian Open, Sinner, chegou a Melbourne com um clima de tristeza após ter sido flagrado em dois testes positivos para doping, em março do ano passado.

Embora tenha sido inicialmente inocentado de irregularidades pela Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA), após testar positivo para o esteroide anabolizante clostebol, o apelo da WADA prolongou sua agonia. Agora, há uma expectativa generalizada de que ele possa enfrentar uma suspensão.

A WADA está buscando impor uma suspensão de um a dois anos ao número 1 do mundo, após decidir apelar contra a decisão da ITIA de não banir Sinner no ano anterior.

Os impactos de uma punição para o número 1 do mundo

Em entrevista exclusiva ao site Tennis365, Karen Moorhouse, CEO da ITIA, explicou que a punição mínima que Sinner poderia enfrentar seria uma suspensão de um ano, caso a decisão fosse desfavorável a ele.

Se um jogador testar positivo para uma substância proibida, o ponto de partida para a possível sanção é de quatro anos”, disse Moorhouse. “Se ele conseguir demonstrar que não foi intencional, o período pode ser reduzido para dois anos. Agora, se provar que não houve culpa, não haverá sanção.”

Moorhouse destacou que, no caso de Sinner, não se tratava de um produto contaminado, como em outros casos conhecidos. “O produto utilizado pela massagista não estava contaminado. Era exatamente o que dizia na embalagem. Por isso, o prazo de sanção é de um a dois anos”, afirmou.

Em sua reação à possibilidade de uma suspensão mínima de um ano para Sinner, Barbara Schett comentou que ele parece estar lidando com uma grande pressão enquanto aguarda a decisão sobre o recurso da WADA, que deve ser ouvido em meados de 2025.

Ele deve estar se sentindo muito pressionado. Não deve ser fácil“, disse Schett ao Tennis365. “Eu o vi brevemente ontem após sua partida de exibição e dá para perceber que ele não está com a mesma leveza de antes. Ele estava mais introspectivo, mais cauteloso sobre o que dizia.

Schett também elogiou o desempenho de Sinner nos últimos meses, apesar da situação difícil. “Tem sido impressionante o quanto ele tem jogado bem, apesar de tudo. Mas, claro, o caso ainda não está fechado. Uma suspensão substancial ainda pode vir. Vai ser interessante ver como ele lida com isso”, disse.

Quando informada de que, caso o recurso da WADA fosse contra ele, a suspensão mínima seria de um ano, Schett reagiu: “Um ano seria muito tempo, eu tenho que dizer. Vamos ver o que acontece.” Ela também comentou sobre a complexidade do sistema antidoping, destacando a inconsistência e a confusão em torno dos casos. “Por que um caso é tratado de uma forma e outro de outra? É muito confuso para todos, jogadores, ex-jogadores, jornalistas, todo mundo envolvido“, acrescentou.

A incerteza sobre o futuro de Sinner certamente está causando um desgaste mental para o número 1 do mundo, que se prepara para defender seu título no Australian Open.

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