Lenda do tênis, Boris Becker vive drama financeiro com projeto

O lendário tenista alemão Boris Becker, seis vezes vencedor de Grand Slams, deixou sua marca no esporte e, desde sua aposentadoria há mais de duas décadas, tem buscado formas de retribuir à comunidade.

Uma de suas iniciativas foi a criação da Boris Becker International Tennis Academy, projetada para jovens jogadores alemães desenvolverem suas habilidades. Contudo, dificuldades financeiras interromperam o progresso do projeto. Recentemente, Becker demonstrou seu comprometimento com um gesto significativo para ajudar a academia.

Em 2020, durante a pandemia, o conselho municipal de Hochheim am Main, na Alemanha, aprovou a construção da academia, com um custo estimado de 22 milhões de euros. Boris Becker deu início ao projeto, ressaltando a superação dos desafios impostos pela pandemia:

“É um pequeno milagre que estejamos aqui hoje, apesar do coronavírus”, declarou na época. O primeiro salão da academia foi inaugurado em novembro de 2021, mas a construção foi paralisada devido à falta de orçamento. Embora as quadras já estejam disponíveis, estruturas como hotéis e acomodações ainda não foram concluídas.

Necessidade de investidores no projeto

Para aliviar o peso financeiro, Becker tomou a decisão de suspender o contrato que lhe concedia uma taxa mensal pelo uso de seu nome na academia. Segundo seu advogado, a medida visa redirecionar recursos para a conclusão do projeto. No entanto, a situação permanece desafiadora, com a necessidade de novos investidores para garantir a continuidade da construção. Como destacou o portal Blick: “Estamos avaliando quais partes do conceito original ainda são viáveis e onde ajustes são necessários.”

Além de suas iniciativas como empresário, Becker pode estar a caminho de assumir um novo papel como treinador de Alexander Zverev. Desde 2017, Zverev tem expressado interesse em trabalhar com o ícone alemão, mas, inicialmente, a questão financeira era um empecilho. Hoje, após conquistar 23 títulos e atingir a vice-liderança do ranking da ATP, Zverev está em uma posição favorável para contar com Becker como treinador.

Ainda assim, Zverev destacou em entrevista à MAGAZIN que um fator crucial para a parceria é o compromisso de Becker em viajar em tempo integral durante os torneios. “Eu amo Boris e acredito em seu vasto conhecimento de tênis. Mas não sei como ele lidaria com as viagens. Esse é o único ponto de interrogação”, afirmou.

Até que haja uma decisão, Zverev continuará contando com seus pais como membros de sua equipe técnica, incluindo o Aberto da Austrália. Será interessante acompanhar se essa colaboração entre dois grandes nomes do tênis alemão se concretizará no futuro.

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