Aposentado das quadras, Dominic Thiem faz revelação surpreendente sobre “ilusão” vivida no tênis  

Ganhar um título é o objetivo máximo no esporte? Embora a maioria das pessoas responda que sim, Dominic Thiem apresenta uma perspectiva diferente. O ex-tenista da ATP e campeão do US Open de 2020, que recentemente encerrou sua carreira após 13 anos nas quadras, trouxe à tona uma visão rara e reflexiva sobre o que realmente pode significar realização para um atleta.

Para muitos, vencer um torneio de Grand Slam é a glória suprema, mas será que isso traz uma felicidade duradoura? Ao refletir sobre sua conquista no US Open, Thiem revelou: “Eu pensava que ganhar um Grand Slam mudaria minha vida para sempre. Não mudou”, contou ele em entrevista ao Tennis Majors em 18 de outubro. Thiem descreveu essa “ilusão” em uma conversa com Simon Mundie, mencionada pelo jornalista Ben Rothenberg em seu podcast No Challenges Remaining.

“Eu vivia muito nessa ilusão de que, se conseguisse esse título, seria feliz para sempre e jogar tênis se tornaria mais fácil”, ele disse. “Mas depois de ganhar o US Open, essa euforia durou só algumas semanas. Quando fui relaxar, toda a emoção desapareceu, e passei por um período difícil. Percebi que, na verdade, nada havia mudado – era o processo que eu precisava aprender a valorizar, e não apenas os resultados.”

Thiem, que se despediu do esporte aos 31 anos após perder para Luciano Darderi na primeira rodada do Aberto de Viena, comentou que antes acreditava que sua carreira só seria completa com um título de Grand Slam.

Hoje, ele vê isso de outra forma: “É ótimo ter o troféu em casa, mas, no fim, ainda é só um troféu e não deveria definir toda a vida”, afirmou. Curiosamente, ele não é o único atleta com essa visão.

Estrela do tênis feminino tem o mesmo pensamento

Coco Gauff, jovem promessa do tênis americano, também compartilha da filosofia de Thiem. Em resposta à sua declaração, Gauff comentou em seu Instagram que a pressão para alcançar feitos rapidamente a afastou do que amava no esporte.

“Eu precisava jogar para mim, e não para os outros. Por um ano, estive realmente deprimida”, desabafou. A americana enfrentou altos e baixos na temporada e recentemente conquistou o título no China Open, destacando que não quer que os Grand Slams definam sua carreira.

Ao que tudo indica, tanto Thiem quanto Gauff buscam uma abordagem mais equilibrada e focada no prazer de jogar, e não apenas nos títulos.