Alexander Zverev classificou como “estranho” todo o processo envolvendo o caso de doping de Jannik Sinner e a duração da suspensão imposta ao italiano.
Sinner foi suspenso do tênis por três meses após um acordo fechado com a Agência Mundial Antidoping (WADA), anunciado no último sábado (15/2). O número 1 do mundo testou positivo para o esteroide anabolizante proibido clostebol em duas ocasiões, durante e após o Indian Wells Masters, em março de 2024.
A Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) havia decidido, em agosto, que Sinner não sofreria punição, após um tribunal independente considerar que ele “não teve culpa ou negligência”. O tribunal aceitou a explicação do italiano de que a substância entrou em seu organismo de forma acidental, por meio de uma massagem feita por seu ex-fisioterapeuta, Giacomo Naldi, que havia usado um spray contendo o esteroide para tratar um corte no dedo.
No entanto, em setembro, a WADA recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), buscando uma suspensão entre um e dois anos. O caso seria julgado entre os dias 16 e 17 de abril, mas Sinner evitou uma punição mais longa ao firmar um acordo com a WADA.
Com isso, o tricampeão de Grand Slam ficará suspenso entre 9 de fevereiro e 4 de maio, incluindo quatro dias já cumpridos durante a suspensão provisória.
Zverev questiona decisão tomada
Durante sua entrevista coletiva antes do Rio Open, Zverev opinou sobre a resolução do caso de Sinner.
“É uma situação estranha porque foi um processo muito longo. Primeiro ele foi absolvido, depois a WADA quis reavaliar o caso e assim por diante”, comentou o número 2 do mundo.
“Para mim, há duas possibilidades: ou ele não teve culpa e não deveria ser punido, ou ele foi responsável e três meses não são uma suspensão adequada para alguém que tomou esteroides.
“Se ele não teve culpa, então não deveria ser suspenso. Mas, se teve, três meses é muito pouco. Todo o processo, toda a situação ao longo do último ano, tem sido, de certa forma, estranha.”