Revelado quanto tempo Jannik Sinner pode ser suspenso do tênis caso seja punido por doping

O momento mais impactante da temporada de tênis de 2025 pode não ocorrer dentro das quadras. A batalha de Jannik Sinner para evitar uma suspensão após reprovar em um teste antidoping tem dominado os holofotes neste início de ano.

A Agência Mundial Antidoping (WADA) recorreu da decisão da Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA), que optou por não suspender Sinner, atual número 1 do mundo. O tenista teve o esteroide proibido clostebol detectado em seu organismo em um teste realizado em março.

Organização pediu suspensão de dois anos para o número 1 do mundo

Sinner teve um desempenho espetacular em 2025, conquistando títulos no US Open, nas Finais da ATP e na Copa Davis. Contudo, há uma crescente expectativa de que ele possa enfrentar uma suspensão caso o recurso da WADA no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) seja acatado. A entidade solicitou uma punição de um a dois anos, enquanto Sinner argumenta que a intervenção pode ser apenas uma revisão para garantir clareza na decisão inicial da ITIA.

“Fiquei muito decepcionado e surpreso com o apelo. Não esperava por isso. Talvez eles só queiram ter certeza de que tudo está correto”, comentou Sinner após a WADA confirmar seu recurso.

Posicionamento da ITIA

Em comunicado, a ITIA reconheceu o direito da WADA de apelar, explicando que a decisão inicial foi tomada por um tribunal independente baseado em uma análise detalhada e sem precedentes comparáveis.

“O caso foi conduzido conforme as diretrizes do Código Mundial Antidoping. No entanto, respeitamos o direito da WADA de apelar”, afirmou a entidade.

Impactos e desdobramentos

Caso a suspensão seja imposta, Sinner poderá enfrentar restrições que comprometam sua carreira e até mesmo seus contratos de patrocínio. Sua equipe jurídica, no entanto, deve argumentar que, considerando a ausência de culpa atribuída a ele, uma punição severa seria desproporcional. Também está em debate se ele poderá competir durante o período de apelação.

Paralelamente, a ITIA enfrenta críticas por alegações de tratamento diferenciado em casos de doping, incluindo o da cinco vezes campeã de Grand Slam, Iga Swiatek, que foi suspensa por um mês após testar positivo para uma substância usada como auxílio para dormir.

A CEO da ITIA, Karen Moorhouse, rejeitou as acusações de favoritismo e enfatizou que as regras são iguais para todos os jogadores:
“Cada caso é baseado em fatos específicos. Comparar casos apenas com base em manchetes não reflete a complexidade envolvida”, declarou em entrevista ao Tennis365.

O desenrolar do caso de Sinner agora depende do julgamento do CAS, com o futuro do dominante número 1 do mundo e a credibilidade do sistema antidoping sob intensa observação. O tênis aguarda ansiosamente os próximos capítulos dessa história.

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